O caso, que não causou feridos, motivou a abertura de inquéritos pela CP e pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). A ocorrência deu-se na tarde de segunda-feira, 13 de outubro, quando uma "rutura do engate entre as duas composições" provocou a separação de uma carruagem à saída da estação de Grândola. A CP garantiu que "a segurança dos passageiros não foi afetada", uma vez que os sistemas de segurança atuaram como previsto, provocando a frenagem e imobilização automática de ambas as partes do comboio. A empresa ferroviária afirmou que "não existem registos anteriores da ocorrência desta falha" e assegurou que "as manutenções periódicas de todo o material circulante são escrupulosamente executadas", tendo já iniciado um inquérito interno.

O GPIAAF confirmou a abertura de um "processo de análise preliminar" para avaliar a necessidade de uma investigação formal. Embora a CP garanta o cumprimento dos planos de inspeção, a Comissão de Trabalhadores da empresa, em declarações à Renascença, afastou a ideia de falta de manutenção, mas alertou para a antiguidade do material: "Material é velho e não há peças". O incidente expõe as fragilidades de uma frota envelhecida e a pressão sobre os serviços de manutenção, num contexto de forte procura de viagens, gerando um debate sobre a necessidade de investimento na ferrovia nacional para garantir a segurança dos passageiros.