A situação é particularmente grave nas regiões do Sudeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental, onde uma em cada três infeções notificadas se mostrou resistente.

O relatório destaca que bactérias como a E. coli e a Klebsiella pneumoniae, responsáveis por infeções graves da corrente sanguínea, são cada vez mais resistentes aos tratamentos de primeira linha.

A resistência a antibióticos essenciais, como os carbapenemos, outrora rara, está a tornar-se mais frequente, limitando as opções terapêuticas.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, afirmou que "a resistência antimicrobiana está a ultrapassar os avanços da medicina moderna, ameaçando a saúde das famílias em todo o mundo". A OMS apela a um compromisso global para reforçar os sistemas de vigilância, promover o uso responsável de antibióticos e garantir o acesso a diagnósticos de qualidade e vacinas, sublinhando que o futuro depende da inovação e da prevenção de infeções.