José Presa Ramos, coautor do estudo, alertou que estes números podem estar subestimados, uma vez que novas terapias, introduzidas desde 2022, provavelmente aumentarão os custos.

O principal desafio reside no diagnóstico tardio: 51,2% dos doentes descobrem a doença em fases avançadas, quando as hipóteses de tratamento são mais limitadas. As principais causas para o desenvolvimento deste cancro incluem o consumo excessivo de álcool, que em Portugal é a causa principal de cirrose hepática, bem como as hepatites B e C, obesidade e diabetes. Os especialistas defendem uma aposta forte na prevenção e no rastreio de populações de risco, como doentes com cirrose hepática, que deveriam realizar uma ecografia a cada seis meses, um prazo que, segundo José Presa Ramos, muitas vezes não é cumprido no SNS por falta de capacidade de resposta.