O insólito incidente ocorreu na tarde de segunda-feira, quando uma falha mecânica provocou a quebra do engate entre duas composições, resultando na imobilização do comboio em plena via.

A CP assegurou que “a segurança dos passageiros não foi afetada, uma vez que as composições ferroviárias estão projetadas para frenarem e imobilizarem os veículos nestas situações”.

O sistema de segurança funcionou como previsto, acionando automaticamente os travões em ambas as partes da composição. Os passageiros da carruagem que se soltou foram transferidos para as restantes, e o comboio prosseguiu viagem após verificações de segurança, acumulando um atraso de duas horas. A CP informou ter aberto um inquérito para apurar as causas, afirmando que “não existem registos anteriores da ocorrência desta falha no elemento mecânico que entrou em rutura” e que o plano de inspeções estava a ser cumprido.

O GPIAF também confirmou a abertura de um “processo de análise preliminar” para avaliar se há motivo para uma investigação formal. No entanto, algumas fontes do setor apontam para uma possível “falha na manutenção”, alertando para as dificuldades que a CP enfrenta na revisão do material circulante devido à falta de trabalhadores especializados e a constrangimentos orçamentais, com alegações de que “uma em cada cinco carruagens dos Intercidades está encostada nas oficinas” a aguardar manutenção.