O caso remonta a 2023, quando um bebé nasceu com a perna direita incompleta, uma condição que não foi identificada nos exames pré-natais realizados na clínica.

A situação, divulgada pela SIC, levou a uma intervenção imediata de várias entidades reguladoras. A IGAS confirmou que o processo de fiscalização, instaurado por despacho de 9 de outubro, tem como finalidade “verificar o cumprimento das normas por parte da unidade privada de saúde”. A ação inspetiva terá como referência um guia de apoio da própria IGAS sobre os requisitos de funcionamento das unidades que realizam ecografias obstétricas diferenciadas.

Para além da IGAS, a Ordem dos Médicos (OM) solicitou esclarecimentos à clínica e está a avaliar a resposta recebida.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) informou ter recebido, desde 2023, oito reclamações referentes ao detentor da Clínica Ceraque, que possui unidades em Queluz e Pinhal Novo.

A Procuradoria-Geral da República também abriu um inquérito para analisar a situação.

A clínica, por sua vez, afirmou que “todas as ecografias são realizadas por médicos especialistas” e que o relatório clínico em questão “não identificou qualquer anomalia visível”, tendo tomado conhecimento do caso apenas através da comunicação social.