O decreto-lei que validava automaticamente os documentos expirou na quarta-feira, 15 de outubro, sem que fosse prolongado, levando a um aumento exponencial da procura nos balcões da AIMA. Relatos indicam que, em locais como os Anjos, em Lisboa, pelo menos 80 a 100 pessoas passaram a noite na rua, dormindo sobre cartões, na esperança de conseguirem uma das 200 senhas disponíveis, que esgotaram nas primeiras horas da manhã.
Muitos dos imigrantes presentes relataram dificuldades em obter resposta através dos canais online e telefónicos, sentindo-se obrigados a recorrer ao atendimento presencial.
Uma das imigrantes, Ivania Cabral, explicou à Lusa que precisa do documento para garantir o tratamento médico da filha e que esta era a sua segunda noite na rua.
Outros, como Abubacar Seidi, necessitam do título de residência para se matricularem na universidade.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que as filas "não se justificariam", pois o processo de renovação foi disponibilizado online e que cerca de 90 mil pessoas trataram da sua situação por essa via.
No entanto, para os que não conseguiram, a expiração do prazo representa um risco iminente de ilegalidade, com impacto no acesso a trabalho, saúde e educação.














