A prática, que tem vindo a aumentar nos últimos anos, está a comprometer a regeneração natural de zonas sensíveis ao longo de mais de 60 quilómetros de areal entre Tróia e Sines.
Segundo a Brigada do Mar, os passeios a cavalo sobre as dunas e a vegetação protegida representam uma "ameaça real" ao equilíbrio do sistema costeiro.
O responsável da organização, Simão Acciaioli, alerta que "os cavalos, quando circulam sobre a vegetação dunar, destroem raízes e compactam o solo, dificultando a recuperação e agravando a erosão".
Para além do impacto no solo e na vegetação, esta prática constitui também uma "ameaça para o processo de nidificação das aves" que utilizam estes habitats.
A organização recorda a importância vital do complexo dunar, que funciona como uma "barreira natural contra a erosão marinha", protegendo as praias e a biodiversidade local.
A destruição deste habitat pode ter "impactos irreversíveis" tanto para a fauna e flora como para a estabilidade da linha de costa.
Este alerta surge no contexto das ações de descontaminação que a Brigada do Mar realiza há mais de 15 anos, durante as quais, apesar de uma diminuição dos resíduos recolhidos, se tem registado com "preocupação crescente" os danos provocados por esta atividade.













