A principal preocupação recai sobre as redes fraudulentas detetadas nos aeroportos, que exploram as vulnerabilidades do sistema para facilitar a entrada ilegal no país e no espaço Schengen.

Segundo o diretor nacional-adjunto da PSP e responsável pela UNEF, João Ribeiro, a maioria dos casos de irregularidade poderá ser simples, decorrendo de "inexperiência, talvez por inação" ou por dificuldades na entrega de documentos.

Os imigrantes nesta situação são maioritariamente brasileiros e oriundos do subcontinente indiano.

No entanto, a PSP manifesta uma "principal preocupação" com aqueles que entram atualmente em Portugal através de esquemas fraudulentos, como contratos de trabalho falsos de "empresas que não existem", um fenómeno detetado com frequência nos aeroportos e envolvendo cidadãos de vários países da CPLP. Alguns terão confessado ter pago para obter estes documentos, utilizando Portugal como "porta de entrada para a Europa". Para combater estas redes, a PSP está a reforçar a cooperação com polícias de fronteira de outros países, nomeadamente da CPLP. João Ribeiro refutou comparações da UNEF com o serviço de imigração norte-americano (ICE), rejeitando a ideia de uma "caça ao imigrante ilegal".

O responsável sublinhou que a abordagem da PSP "não é essa", pautando-se pelo "respeito e primado dos direitos humanos" e por uma aposta no retorno voluntário como uma "abordagem mais humanista".