O aviso surge num contexto paradoxal, uma vez que coincide com a previsão do regresso da chuva a Portugal continental, sublinhando que o perigo persiste em zonas específicas do território.

O IPMA colocou em risco máximo os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta (Bragança); Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Pinhel e Almeida (Guarda); e São João da Pesqueira, Penedono, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Mangualde, Armamar e Tabuaço (Viseu). Adicionalmente, cerca de 60 outros concelhos, localizados no interior norte, centro e Algarve, foram colocados sob risco muito elevado de incêndio rural.

O cálculo deste perigo baseia-se em múltiplos fatores, incluindo a temperatura do ar, a humidade relativa, a velocidade do vento e a quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

A persistência de um risco tão elevado, mesmo com a aproximação de um sistema frontal que trará precipitação, evidencia a vulnerabilidade de certas regiões que podem não ser imediatamente afetadas pela chuva ou onde a vegetação se encontra particularmente seca. A situação exige, por isso, uma vigilância contínua por parte das autoridades de proteção civil e uma atenção redobrada por parte da população para evitar comportamentos de risco que possam desencadear ignições.