A Comissão de Trabalhadores (CT) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) exigiu um esclarecimento urgente da direção sobre o pagamento de horas extraordinárias, alertando para o risco de interrupção de serviços essenciais. A tensão aumentou após a CT tomar conhecimento de que o pedido de exceção à tutela para ultrapassar o limite anual de horas extra não incluía o pagamento do trabalho suplementar realizado em agosto. A CT afirma ter alertado "de forma consistente o Conselho Diretivo para a necessidade de prevenir a interrupção de serviços essenciais" em áreas críticas como o Gabinete de Sistemas e Tecnologias de Informação (GSTI), o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) e o Grupo de Logística (GL), devido ao esgotamento do limite de horas extraordinárias. Numa reunião a 1 de outubro, a direção do INEM terá negado a intenção de pedir qualquer exceção à tutela.
Contudo, na sexta-feira, dia 17, o Conselho Diretivo formalizou esse pedido, confirmando a necessidade que os trabalhadores vinham a sinalizar.
A CT critica o facto de o pedido ter sido feito apenas após a sua intervenção pública e alerta para uma omissão grave: o ofício solicita autorização para o período de setembro a dezembro, mas exclui agosto, mês em que os profissionais asseguraram o funcionamento dos serviços através de "esforço adicional". A CT considera esta omissão uma situação que "exige clarificação urgente" e prioritária, defendendo a "transparência total sobre os critérios aplicados" e a garantia da continuidade dos serviços críticos do INEM.
Em resumoA Comissão de Trabalhadores do INEM exige a regularização do pagamento de horas extraordinárias desde agosto e alerta que o esgotamento do limite legal pode levar à paragem de serviços críticos. A CT acusa a direção de falta de transparência e de ter agido tardiamente, omitindo o pagamento de agosto no pedido de exceção enviado à tutela.