As autoridades de saúde e autarquias locais alertam para a presença crescente do mosquito-tigre (Aedes albopictus) em Portugal, uma espécie invasora originária do Sudeste Asiático e conhecida por ser vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A sua deteção em concelhos como Covilhã, Condeixa-a-Nova e Vila Verde motivou um apelo direto à população para a adoção de medidas preventivas. Em Vila Verde, o vereador do Ambiente e da Proteção Civil, Patrício Araújo, lançou um apelo para que os munícipes "eliminem todos os pontos de água parada", como charcos, pneus ou pratos de vasos, uma vez que estes locais servem de criadouros para o mosquito. O vereador garantiu que, até ao momento, "não há casos de doença ou de mosquitos infetados" no concelho, mas sublinhou a importância da prevenção para evitar a proliferação da espécie. A autarquia, em colaboração com a Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga, está a monitorizar a situação através da colocação de armadilhas.
A vigilância a nível nacional é liderada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que analisa amostras para detetar a presença do inseto e avaliar a sua densidade populacional.
Embora Portugal ainda não tenha registado surtos significativos destas doenças, a expansão do mosquito-tigre aumenta o risco de transmissão local, caso vírus sejam introduzidos por viajantes infetados, um cenário já observado noutros países europeus como França e Itália.
Em resumoA presença do mosquito-tigre, vetor de doenças como dengue e zika, está a aumentar em Portugal, com deteções em vários concelhos, incluindo Vila Verde. As autoridades de saúde estão a monitorizar a situação e a apelar à população para que elimine águas paradas, a principal forma de evitar a proliferação do inseto.