Apesar da sua prevalência, o diagnóstico atinge apenas 3,4% da população, e o tratamento adequado é ainda mais raro.

O chamado *treatment gap* — a diferença entre quem deveria ser tratado e quem efetivamente o é — cresceu de 37% para 75% entre 2010 e 2019.

Esta lacuna no tratamento tem custos humanos e económicos significativos: a mortalidade no primeiro ano após uma fratura da anca atinge os 30%, e os custos diretos e indiretos da doença ascenderam a mil milhões de euros em 2019. Os médicos de família desempenham um papel crucial na prevenção, através da promoção da literacia em saúde e do diagnóstico atempado. Luís de Almeida Pina, outro médico de família, reforça a necessidade de combater a “inércia diagnóstica e terapêutica” e defende o uso de ferramentas como o FRAX, que calcula o risco de fraturas.

A mensagem é clara: a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para combater esta ameaça silenciosa.