A mulher, que terá confessado o crime em publicações nas redes sociais, foi detida pela Polícia Judiciária e colocada sob custódia.

O alerta para as agressões foi dado na tarde de 20 de outubro.

No local, as autoridades encontraram a vítima “prostrado no solo ensanguentado”, com “vários ferimentos e lacerações, no abdómen, mãos e pernas, aparentemente provocados por um objeto cortante”, bem como “hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita”.

Testemunhas relataram ter visto a filha sair da residência e afirmaram ter conhecimento de um “histórico de violência doméstica” entre ambos.

José Manuel Anes foi transportado em estado grave para o Hospital de São José, onde foi operado e se encontra estável e “fora de perigo”.

Pouco depois do ataque, a filha, Ana Anes, fez várias publicações nas redes sociais com teor confuso, onde admitia a agressão: “Acho que deixei o meu pai José Anes sem olhos, mas devem ouvir dizer que ele morreu pacificamente”.

As mensagens continham ainda referências a disputas familiares e teorias da conspiração.

A investigação do caso está a cargo da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ, que deteve a suspeita no final da tarde do mesmo dia.