O Banco de Portugal (BdP) emitiu um alerta público sobre a proliferação de esquemas fraudulentos que utilizam falsas ofertas de emprego, divulgadas através de mensagens e chamadas telefónicas, para enganar os cidadãos. O objetivo dos criminosos é convencer as vítimas a realizar pagamentos ou a ceder as suas contas bancárias para serem usadas como “contas-mula” em atividades de branqueamento de capitais. O esquema, que tem sido divulgado em plataformas como WhatsApp e Telegram, começa com uma oferta de emprego online, muitas vezes a partir de um número estrangeiro, prometendo rendimentos elevados por tarefas simples, como visualizar vídeos ou seguir perfis em redes sociais.
Para ganhar a confiança das vítimas, os burlões podem chegar a pagar pequenas quantias pelas primeiras tarefas.
No entanto, posteriormente, exigem que a vítima pague uma “taxa de inscrição” ou adiante dinheiro para aceder a tarefas supostamente mais lucrativas.
A partir desse momento, os pagamentos deixam de ser feitos e os criminosos desaparecem.
O BdP aconselha a desconfiar de “oportunidades para fazer dinheiro fácil” e a nunca clicar em links de origem desconhecida ou fazer pagamentos adiantados. Paralelamente, a GNR tem atuado em casos locais de burlas através de aplicações como o MB Way, como o que ocorreu em Campo Maior, onde um jovem de 19 anos foi constituído arguido após ser detetado com um “comportamento suspeito” junto a uma caixa multibanco, tendo na sua posse 560 euros em numerário resultantes de uma burla.
Estes casos reforçam o alerta geral para a crescente sofisticação e prevalência das fraudes digitais.
Em resumoO Banco de Portugal alertou para um aumento de burlas através de falsas ofertas de emprego que visam obter pagamentos ou usar contas de vítimas para lavagem de dinheiro. O aviso é corroborado por ações policiais locais, como em Campo Maior, onde a GNR deteve um suspeito de burla via MB Way, evidenciando a necessidade de maior vigilância por parte dos cidadãos.