Portugal continental e as regiões autónomas preparam-se para a mudança para o horário de inverno na madrugada de 26 de outubro, atrasando os relógios em 60 minutos. A alteração anual, regulada por uma diretiva comunitária, ocorre num momento em que o debate sobre a sua abolição é reacendido na União Europeia, com alertas de especialistas sobre os impactos na saúde e segurança. Na madrugada de domingo, às 02:00 em Portugal continental e na Madeira, os relógios devem ser atrasados para a 01:00, enquanto nos Açores a mudança ocorre à 01:00, passando para as 00:00.
Este regime vigorará até 29 de março de 2026. A prática, com mais de um século, tem sido questionada, com o Parlamento Europeu a aprovar uma proposta para o seu fim em 2019, que ficou suspensa por falta de consenso. O tema regressa agora à agenda, com Espanha a propor o fim definitivo da mudança em 2026.
Especialistas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) alertam para "pequenas perturbações no ritmo biológico", sobretudo em idosos, com sintomas como sonolência e dificuldades de concentração.
O cronobiologista Luís Monteiro compara o período de reajuste ao "jet lag". Além do bem-estar, o Automóvel Club de Portugal (ACP) adverte para um aumento do risco de acidentes rodoviários nos dias seguintes à mudança, devido à redução da luz natural ao final da tarde, o que diminui a visibilidade e aumenta a probabilidade de atropelamentos.
Em resumoA transição para o horário de inverno em Portugal, a 26 de outubro, implica atrasar os relógios uma hora. Esta mudança anual, enquanto se debate o seu fim na UE, suscita alertas de especialistas sobre os seus efeitos negativos na saúde, como perturbações do sono, e na segurança rodoviária, com um potencial aumento do risco de acidentes.