A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou que o novo regime será aplicado “apenas e exclusivamente” em situações onde a continuidade das urgências não esteja assegurada.
Na Península de Setúbal, as urgências externas de obstetrícia e ginecologia dos hospitais de Setúbal, Barreiro e Almada serão centralizadas no Hospital Garcia de Orta, em Almada. O Hospital de Setúbal manterá um polo para receber emergências referenciadas pelo INEM.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reagiu de imediato, alertando que o modelo “não serve os médicos nem a população”, pois obrigará as “grávidas e bebés a percorrer longas distâncias, com o perigo real de partos em ambulâncias”. A FNAM acusou a ministra de “faltar à verdade” ao negar anteriormente a implementação de medidas de mobilidade forçada e considera que a decisão poderá levar a mais saídas de profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Os sindicatos de enfermeiros também admitiram “ações de luta” se os diplomas avançarem sem alterações, criticando a falta de clareza sobre os suplementos remuneratórios associados às deslocações.
O Governo, por sua vez, defende que a medida trará “previsibilidade para que as grávidas percebam exatamente qual é a urgência que está de facto aberta”.














