A declaração serve como um aviso à população local e aos turistas sobre a provável manutenção das restrições de acesso a zonas costeiras, um problema que se arrasta devido à construção de empreendimentos turísticos. Durante uma sessão de balanço da época balnear de 2025, a ministra afirmou que, em relação a Grândola, “está determinado tudo o que se vai fazer”, mas ressalvou que as obras necessárias demoram tempo. “Tudo o que necessita de projeto e obra, não podemos garantir que ela esteja completamente pronta antes da época balnear começar”, declarou.
As soluções delineadas passam maioritariamente pela construção de novos parques de estacionamento públicos e pela requalificação de acessos existentes.
Segundo o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, fiscalizações no litoral de Grândola detetaram sete praias com acesso condicionado por empreendimentos turísticos, incluindo Camarinhas, Galé-Fontainhas, Troia-Galé, Duna Cinzenta, Golfinhos, Garças e Pinheirinho, e uma com acesso interdito (Raposa).
A situação evidencia o conflito persistente entre o direito de acesso público à orla costeira e os interesses de promotores imobiliários privados, um tema que tem gerado forte contestação local. A incerteza quanto aos prazos de resolução mantém a preocupação entre os frequentadores destas praias, que veem o seu direito de passagem dificultado.














