A situação é considerada invulgar, dado que a atividade destes insetos deveria diminuir com a chegada do outono.

Os ataques fatais ocorreram em circunstâncias semelhantes: as vítimas foram surpreendidas por enxames cujos ninhos estavam escondidos debaixo da terra, tornando-os praticamente invisíveis.

Um dos casos envolveu um caçador de 55 anos em Cospeito (Lugo), que terá pisado inadvertidamente um ninho enquanto caçava.

As outras duas vítimas foram atacadas enquanto limpavam terrenos agrícolas.

A Xunta da Galiza reconheceu um “aumento extraordinário” da presença da espécie, atribuído à sua “enorme adaptabilidade ao clima e ao território”, e alertou especialmente as pessoas alérgicas, para as quais uma única picada pode ser fatal.

Especialistas como o veterinário Xesús Feás consideram a situação um “problema de saúde pública”, criticando a resposta das autoridades como insuficiente e alertando que “as mortes são apenas a ponta do icebergue”.

A Associação Galega de Apicultura partilha da preocupação, afirmando que o “descontrolo é total” e que as medidas atuais não são suficientes para conter a expansão da espécie invasora. As autoridades regionais, por sua vez, afirmam que o plano de combate está a dar resultados, com a captura de cerca de 230 mil vespas-rainhas em 2025, o dobro do ano anterior.