A controvérsia, despoletada por uma notícia do jornal Público, tornou-se um ponto central do debate político sobre o estado do SNS.
A Ordem dos Médicos reagiu prontamente, com o seu bastonário a considerar a instrução "profundamente lamentável", "errado e pouco ético", e a afirmar que as Unidades Locais de Saúde (ULS) não teriam capacidade para obedecer a tais cortes.
Do lado político, o líder do PS, José Luís Carneiro, chegou a pedir a demissão da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
A resposta do Governo foi ambígua; o primeiro-ministro, Luís Montenegro, negou a existência de cortes, mas admitiu ter dado uma orientação "muito exigente" para melhorar a eficiência.
Por sua vez, o diretor-executivo do SNS, Álvaro Almeida, acusou o bastonário de "populismo e demagogia", mas não desmentiu explicitamente o conteúdo da reunião com os administradores hospitalares.
Para os cidadãos, esta polémica representa um sério aviso sobre a potencial degradação dos serviços de saúde públicos, com o risco real de um acesso ainda mais demorado a cuidados essenciais.














