A Proteção Civil elevou o estado de prontidão e apelou à população para adotar medidas preventivas face ao risco de cheias.

A situação meteorológica adversa que assolou Portugal Continental motivou uma resposta coordenada das autoridades, com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a emitir avisos de vários níveis, incluindo vermelho, o mais grave, para distritos como Aveiro, Coimbra e Viseu.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou centenas de ocorrências, maioritariamente inundações em vias públicas e estruturas, quedas de árvores e deslizamentos de terras.

A região do Grande Porto foi particularmente afetada, com o caos a instalar-se devido ao corte de vias principais como a VCI e o viaduto da AEP, deixando casas, lojas e estradas submersas. Um popular do Porto relatou ter acordado e ter “metro e meio de água na entrada da casa”. A ANEPC elevou o estado de prontidão para o nível 3 em várias zonas e divulgou medidas de autoproteção, como a desobstrução de sistemas de escoamento e a fixação de estruturas soltas.

O comandante Paulo Santos realçou a importância dos avisos, questionando: “Cada um de nós deve questionar-se sobre o que fez para se precaver da chuva intensa, após os vários avisos”.

A PSP também emitiu alertas aos condutores sobre o aumento do risco de acidentes rodoviários, aconselhando uma condução defensiva.

Especialistas como Miguel Miranda, antigo presidente do IPMA, alertaram para “chuva intensa por um período muito prolongado”, enquanto outros descreveram o fenómeno como um “balde de água descarregado instantaneamente”, sublinhando a necessidade de adaptação para minimizar impactos futuros.

A intempérie estendeu-se também ao sul, com o Algarve a registar dezenas de ocorrências e a Figueira da Foz a preparar-se para o vento intenso e agitação marítima.