Este fenómeno de hesitação vacinal representa um alerta para a saúde pública, com potencial para comprometer a imunidade de grupo. De acordo com as conclusões do estudo, estes pais, maioritariamente da "classe média-alta e alta", rejeitam o que consideram ser um processo de "medicalização da infância".

Preferem medicinas alternativas, evitam o contacto com a medicina convencional e consideram-se "os peritos da saúde dos seus filhos".

O estudo nota ainda que este grupo demonstra "um grande afastamento" do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recorrendo a ele apenas em situações de urgência.

Para o acompanhamento regular dos filhos, procuram médicos alinhados com as suas crenças.

Os investigadores alertam que, embora este movimento seja minoritário, a hesitação vacinal pode "comprometer significativamente a imunidade populacional".

A divulgação destes dados levanta questões sobre a comunicação em saúde pública e a necessidade de abordar as preocupações específicas deste segmento demográfico para garantir a manutenção de altas taxas de cobertura vacinal, que são essenciais para prevenir o ressurgimento de doenças controláveis.