A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra anunciou o encerramento do serviço de urgência do Hospital Geral dos Covões, transformando-o num Centro de Atendimento Clínico para situações agudas não emergentes. A decisão gerou contestação por parte de utentes e enfermeiros, que temem a perda de uma valência importante para a região. A administração da ULS justificou a medida com a "pouca procura" do serviço, que registava entre 10 a 15 atendimentos diários, em comparação com uma média de 450 no Serviço de Urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
Com a alteração, o serviço nos Covões passa a funcionar apenas para utentes encaminhados pela Linha SNS24.
No entanto, a decisão foi recebida com críticas.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos manifestou a sua oposição, recordando a importância histórica da unidade, que já serviu 800 mil pessoas e tem vindo a perder valências.
O Sindicato dos Enfermeiros considerou o encerramento "a morte" do serviço, expressando preocupação com o futuro do hospital e o acesso dos utentes aos cuidados de saúde.
O diretor da Urgência da ULS de Coimbra, Henrique Alexandrino, defendeu a mudança como uma "gestão criteriosa dos recursos públicos". A controvérsia em torno do encerramento reflete a tensão entre a necessidade de otimização de recursos no SNS e o receio da população de perder o acesso a serviços de saúde de proximidade.
Em resumoA decisão de encerrar a urgência do Hospital dos Covões, justificada pela ULS de Coimbra com a baixa procura, provocou forte contestação. Utentes e enfermeiros alertam para a perda de uma valência essencial, temendo o impacto no acesso aos cuidados de saúde na região, apesar das garantias de gestão eficiente dos recursos.