A situação dramática, registada num domingo, expôs a pressão extrema sobre uma das maiores unidades hospitalares do país e motivou um apelo direto à população.
Segundo dados do Portal do SNS e fontes hospitalares, a demora atingiu um pico de 19 horas e 36 minutos durante a manhã, com 40 doentes urgentes a aguardar pela primeira observação médica. Ao final da tarde, o tempo médio de espera para a mesma categoria de doentes subiu para um dia e 39 minutos. A administração do hospital atribuiu a situação a uma conjugação de fatores: a falta de alguns médicos que estavam escalados para o serviço e, sobretudo, o perfil dos atendimentos, com a afluência de vários casos emergentes que necessitaram de reanimação, mobilizando as equipas por longos períodos. Perante este cenário de "extrema dificuldade", a unidade de saúde emitiu um comunicado apelando aos utentes para que, antes de se deslocarem à urgência, contactassem previamente a linha SNS24. O objetivo deste alerta é evitar deslocações desnecessárias ao hospital, encaminhando os casos menos graves para outras respostas do sistema de saúde e reservando a capacidade da urgência para as situações que efetivamente o justifiquem.
Este episódio crítico no Amadora-Sintra reflete a sobrecarga crónica sentida em muitos serviços de urgência do país, exacerbada pela falta de profissionais e pela elevada procura.









