Uma operação da Guarda Nacional Republicana (GNR) em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, resultou no encerramento de um lar ilegal onde quatro idosos eram vítimas de maus-tratos físicos e psicológicos. A intervenção das autoridades revelou ainda a presença de uma bebé de dois anos a viver em "condições desumanas" num anexo da habitação. A investigação, conduzida pelo Comando Territorial de Aveiro, decorria há cerca de quatro meses e culminou com a realização de três buscas domiciliárias nas freguesias de Bustos e Oiã. No local, a GNR confirmou a prática reiterada de crimes de maus-tratos sobre os idosos acolhidos na estrutura clandestina. Foram identificados como suspeitos uma mulher de 34 anos e um homem de 18, que seriam mãe e filho.
Segundo as autoridades, a mulher já tinha antecedentes pela mesma prática, tendo um processo anterior por gerir um lar ilegal.
Os quatro idosos e a bebé foram retirados do local e encaminhados para instituições adequadas, com o apoio da Segurança Social.
O proprietário da casa onde funcionava o lar ilegal declarou à comunicação social que alugou o imóvel e não tinha conhecimento das atividades ilícitas que ali decorriam, afirmando ter ficado "um bocadinho incomodado" com a situação.
O caso serve como um alerta público para a existência de estruturas de acolhimento não licenciadas que operam à margem da lei, colocando em risco a vida e a dignidade de populações vulneráveis.
Em resumoO encerramento de um lar ilegal em Oliveira do Bairro pela GNR expôs uma situação grave de maus-tratos a idosos e a uma criança, sublinhando os perigos associados a estruturas de acolhimento clandestinas. A operação resultou no resgate das vítimas e na identificação dos suspeitos, alertando a comunidade para a necessidade de vigilância e denúncia de práticas que atentem contra os direitos humanos.