O fenómeno meteorológico causou centenas de ocorrências, incluindo inundações, quedas de árvores e cortes de energia generalizados. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiram avisos laranja para quase todo o território devido à previsão de chuva forte, vento e trovoada.
A tempestade foi provocada por uma "superfície frontal fria" que atravessou o país, desencadeando um número excecional de descargas elétricas, com as contagens a variarem entre mais de 30.000 e 47.000 raios numa única madrugada.
A meteorologista Paula Leitão, do IPMA, descreveu os números como "muito elevados", indicativos de uma "trovoada bastante forte", enquanto outro especialista do instituto classificou o evento como tendo "um grau de excecionalidade".
As consequências foram sentidas de norte a sul, com a ANEPC a registar 784 ocorrências entre as 00h00 e as 12h00 de quarta-feira.
A maioria dos incidentes (435) foram inundações, que transformaram ruas em rios, particularmente na região de Lisboa e Vale do Tejo. A intempérie provocou também a queda de árvores, que danificaram viaturas em Lisboa e Sintra, e resultou em cortes de energia que afetaram dezenas de milhares de clientes da E-Redes, com números a oscilar entre 25.000 e 60.000 habitações. Uma escola em Leiria ficou mesmo sem aulas devido à falta de eletricidade.
Para responder à situação, foram mobilizados quase 3.000 operacionais da Proteção Civil e 500 da E-Redes.






