Por seu lado, o Governo apela ao "espírito de serviço" destes profissionais, mantendo a intenção de avançar com as novas regras. O impasse gera um clima de grande incerteza e alerta para uma possível crise grave no acesso aos cuidados de saúde urgentes.
Ameaça de Paralisação dos Médicos Tarefeiros Pode Gerar o Caos nas Urgências
Um movimento de mais de mil médicos tarefeiros ameaça paralisar os serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), num protesto contra um diploma do Governo que prevê a redução do valor pago por hora. A potencial greve, que poderá durar pelo menos três dias, constitui um sério aviso à população sobre o risco de encerramento de serviços essenciais em vários hospitais do país. A dependência do SNS nestes profissionais é crítica, especialmente em regiões como o Algarve e o Médio Tejo, onde os hospitais gastam milhões de euros para garantir as escalas de urgência. A paralisação teria um "impacto devastador", segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, uma vez que não é possível convocar serviços mínimos para estes prestadores de serviços, deixando os hospitais "de mãos e pés atados". O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, corrobora, avisando que uma greve poderá levar ao "aumento dos tempos de espera e, em alguns casos, de encerramento de serviços de urgência”. O movimento de médicos, que se sente "ostracizado" e excluído das decisões, já lançou uma petição pública para legitimar uma direção e pedir uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.



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