Este aviso surge num contexto de crescente preocupação com as alterações climáticas e o aumento da frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos, que nos últimos dois anos já causaram prejuízos superiores a seis milhões de euros. As novas áreas identificadas somam-se às já existentes, elevando para mais de 100.000 o número de pessoas que vivem em zonas consideradas de risco. A APA sublinha a urgência de se avançar com a definição da cartografia detalhada destas zonas, um passo crucial para implementar medidas de ordenamento do território que previnam a construção em locais vulneráveis e mitiguem os danos futuros.
O alerta não se limita a identificar os locais, mas também a consciencializar para uma nova realidade climática.
Entre 2023 e 2024, a APA registou cerca de 40 inundações e cheias significativas em Portugal continental, um número que evidencia a premência de adaptar as infraestruturas e os planos de proteção civil. A identificação destas zonas de risco é uma ferramenta fundamental para o planeamento urbano e a gestão de emergências, servindo como um aviso direto aos municípios e à população para a necessidade de adotar comportamentos preventivos e de respeitar as restrições de construção. Este trabalho de mapeamento é essencial para reduzir a exposição e a vulnerabilidade das comunidades, promovendo uma coexistência mais segura com os rios e o mar num cenário de clima em mudança.









