Os dados mais recentes, referentes a outubro, mostram um agravamento da situação, com um acréscimo de 30 mil utentes sem médico em apenas um mês. Esta carência estrutural tem um impacto direto na vida dos cidadãos, dificultando o acompanhamento regular da sua saúde, a prevenção de doenças e o acesso atempado a tratamentos.
A crise no SNS é um tema central no debate político, com figuras como o candidato presidencial Seguro a classificarem a situação como “inaceitável” e o almirante Gouveia e Melo a defender a necessidade de encontrar um “rumo para o SNS”.
A gravidade do problema tem levado ao surgimento de iniciativas locais para tentar colmatar esta lacuna. Um exemplo notável é o da Universidade do Algarve, que, em resposta a uma proposta do seu orçamento participativo, decidiu alocar 40 mil euros para a contratação de um médico de clínica geral. Este médico irá disponibilizar consultas quatro horas por semana, oferecendo uma alternativa de cuidados de saúde à sua comunidade académica, num contexto em que o sistema público não consegue dar resposta a todos.









