Esta limitação levanta sérias dúvidas sobre a sua adequação e eficácia para missões de socorro imediato. A controvérsia centra-se no facto de, apesar de Portugal possuir dezenas de hospitais com heliportos, apenas sete estarem certificados para o transporte de doentes e, destes, só o Hospital de Braga reunir as condições técnicas necessárias para a aterragem segura de um Black Hawk. A informação, confirmada pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), expõe uma falha de planeamento que compromete a utilidade destes meios aéreos. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Hospitalar foi uma das vozes mais críticas, com o seu representante, Rui Lázaro, a afirmar que os helicópteros são “desadequados” e que a sua compra revela “falta de conhecimento” das necessidades operacionais. Os especialistas corroboram esta visão, argumentando que os aparelhos não servem para emergências que exigem uma resposta rápida e descentralizada. Perante as críticas, o Ministério da Defesa veio a público reconhecer que os Black Hawk funcionarão como um “reforço” e não substituirão diretamente os meios atuais do INEM, sendo primariamente destinados a missões secundárias.
Esta justificação, no entanto, não apaziguou as preocupações sobre a eficiência de um investimento avultado em equipamento com uma aplicabilidade tão restrita no contexto da emergência médica nacional.









