Um novo surto de mpox e a deteção de casos de hepatite A na região da Grande Lisboa levaram as autoridades de saúde e organizações da sociedade civil a emitir alertas à população, apelando ao reforço da vacinação e à adoção de medidas preventivas. A preocupação estendeu-se à comunidade escolar, com agrupamentos no Montijo a notificarem os encarregados de educação sobre o risco de hepatite A. O Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) foi uma das entidades a dar o alerta, após identificar novas infeções por mpox em homens com idades entre os 25 e os 57 anos.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou um “aumento recente de casos”, embora ressalvando que, para já, não existem sinais de um novo surto de grande dimensão.
O GAT apelou à vacinação dos grupos de risco e exigiu o acesso gratuito e equitativo à vacina contra a hepatite A. Em paralelo, a Unidade de Saúde Pública (USP) do Arco Ribeirinho, que abrange os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, notificou as escolas da região sobre um surto de hepatite A, levando os estabelecimentos de ensino a emitirem avisos aos pais e encarregados de educação. A situação em Portugal coincide com um movimento a nível europeu para reforçar a preparação contra ameaças sanitárias, tendo a União Europeia anunciado uma compra conjunta de mais de oito milhões de vacinas contra a mpox e a varicela para precaver futuros surtos.
Em resumoA deteção de novos casos de mpox e hepatite A na região de Lisboa desencadeou uma resposta de saúde pública em várias frentes, desde alertas de organizações não-governamentais a avisos em escolas. A situação sublinha a necessidade de vigilância epidemiológica contínua e da importância da vacinação como ferramenta essencial para controlar a propagação de doenças infecciosas.