Um aluno de nove anos teve as pontas de dois dedos amputadas na Escola de Fonte Coberta, em Cinfães, num incidente que a mãe alega ter sido um ato de violência deliberado por parte de colegas. O caso gerou uma onda de indignação e levou a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a abrir um processo de averiguação para apurar as circunstâncias do ocorrido.\n\nA mãe da criança, Nivia Estevam, denunciou a situação nas redes sociais, afirmando que “duas crianças fecharam a porta nos dedos do meu filho” quando este se encontrava na casa de banho, impedindo-o de “sair e pedir ajuda”. O menino teve de ser submetido a uma cirurgia de três horas no Hospital de São João, no Porto.
A família, que já tinha reportado outros “comportamentos impróprios” à escola, pede agora justiça.
“Não quero que as crianças sejam hostilizadas, quero que tudo aconteça por dentro da lei e quero justiça pelo meu filho”, declarou a mãe.
Além da investigação da IGEC, o Agrupamento de Escolas de Souselo, ao qual a escola pertence, abriu um inquérito interno para apurar os factos. O caso ganhou dimensão nacional, com o Bloco de Esquerda a questionar o Governo sobre o sucedido e um grupo de dezoito advogados a unir-se para defender a família da criança.
A gravidade do incidente e as alegações de bullying colocaram a segurança no ambiente escolar no centro do debate público.
Em resumoA amputação parcial dos dedos de um aluno de nove anos numa escola em Cinfães, alegadamente causada por colegas, motivou uma investigação oficial da Inspeção-Geral da Educação. O caso, denunciado pela mãe como um ato de violência, gerou forte reação pública e política, levantando sérias preocupações sobre a segurança e o bullying nas escolas.