O fenómeno extremo, associado à depressão Cláudia, surpreendeu residentes e turistas ao destruir um parque de campismo e danificar gravemente uma unidade hoteleira, expondo a vulnerabilidade da região a eventos meteorológicos súbitos e intensos. A vítima mortal foi uma mulher britânica de 85 anos, que se encontrava num parque de campismo em Olhos d’Água, Albufeira. No total, o tornado provocou pelo menos 28 feridos, distribuídos entre o parque de campismo e o Éden Resort, também em Albufeira, onde se encontravam crianças entre as vítimas.

O diretor do hotel, Daniel Gama, descreveu um cenário “caótico”, relatando que “houve pessoas que voavam no restaurante com o vento” e enalteceu o esforço dos funcionários, que “se feriram para proteger crianças”.

A destruição foi significativa, com caravanas e tendas arrasadas, estradas obstruídas e infraestruturas danificadas.

Especialistas ouvidos pelos meios de comunicação social explicaram que, embora estes fenómenos não sejam raros em Portugal, o incidente revelou falhas na “perceção do risco” por parte da população e, possivelmente, na comunicação das autoridades.

Um geógrafo sugeriu que os avisos deveriam ser mais explícitos, exemplificando que, em vez de “rajadas fortes”, seria mais eficaz alertar que “estruturas ligeiras podem ser arrancadas do sítio”.

A resposta das autoridades foi imediata, com bombeiros, GNR, PSP e equipas médicas a acorrerem ao local para prestar socorro e iniciar os trabalhos de limpeza e avaliação de prejuízos.