As autoridades emitiram múltiplos avisos meteorológicos e mobilizaram centenas de operacionais para responder à intempérie. A severidade do mau tempo levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a emitir avisos laranja e amarelos para vários distritos, alertando a população para chuva forte, trovoada e agitação marítima.
Entre quarta-feira e domingo, foram registadas mais de 4.000 ocorrências, maioritariamente inundações e quedas de árvores, com especial incidência na Península de Setúbal, Grande Lisboa, Área Metropolitana do Porto e Algarve. A tempestade provocou a morte de um casal de idosos em Fernão Ferro, Seixal, cuja casa foi inundada. O evento mais extremo ocorreu em Albufeira, onde um tornado com ventos de até 220 km/h atingiu um parque de campismo e um resort, causando a morte de uma mulher britânica de 85 anos, 28 feridos e um rasto de destruição considerável, com 12 famílias a ficarem desalojadas. O segundo comandante de operações da Proteção Civil, José Ribeiro, garantiu que "todos os procedimentos foram cumpridos antes, durante e depois do tornado", embora especialistas e a população local tenham levantado questões sobre a adequação dos sistemas de alerta e a preparação do país para fenómenos meteorológicos cada vez mais extremos. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou as vítimas, mas elogiou a "disciplina e sensatez" dos portugueses na prevenção, reconhecendo que a depressão "atingiu de forma mais profunda do que se tinha pensado".









