Os Sapadores Bombeiros de Lisboa iniciaram uma greve de um mês para reivindicar melhores condições de trabalho, denunciando a falta de equipamentos de proteção individual e a degradação de instalações e viaturas. Apesar da elevada adesão, o sindicato assegura que os serviços mínimos de socorro à população estão garantidos. A paralisação, que se estende até 17 de dezembro, reflete um descontentamento profundo e prolongado dentro da corporação. O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) aponta falhas graves, como a falta de "equipamentos de proteção individual" desde 2022 e a necessidade de fardamento adequado.
O dirigente sindical Sérgio Carvalho argumentou que os custos para resolver estas questões são "valores residuais" num orçamento de milhões, sublinhando o que consideram ser uma negligência por parte da autarquia.
A adesão à greve foi descrita como atingindo os 90%, com vários quartéis a registarem 100% de participação no primeiro dia.
Apesar da paralisação de serviços como vistorias e limpezas, o sindicato fez questão de tranquilizar a população, afirmando que "foram garantidos" os serviços mínimos, que abrangem todo o socorro. A greve assume também um caráter de pressão política, com o presidente do SNBP a declarar que a paralisação "só vai parar" quando os bombeiros forem recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas. Este protesto serve assim como um alerta público sobre as condições precárias em que opera um dos principais serviços de emergência da capital.
Em resumoA greve dos Sapadores de Lisboa expõe problemas estruturais no corpo de bombeiros da capital, servindo como um alerta para a necessidade de investimento urgente em equipamentos e condições de trabalho. Ao mesmo tempo que pressiona a autarquia para o diálogo, a paralisação avisa a população sobre as fragilidades que afetam a segurança dos próprios profissionais que garantem o socorro na cidade.