Um incidente de violência numa escola em Cinfães, onde um aluno de nove anos perdeu as pontas de dois dedos, alegadamente devido a bullying, levou à abertura de investigações pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC). O caso gerou uma onda de indignação, com organizações da sociedade civil a exigirem respostas institucionais e um reforço da segurança nas escolas. O episódio ocorreu na Escola Básica de Fonte Coberta, quando, segundo a mãe da vítima, Nivia Estevam, dois colegas prenderam a mão do seu filho na porta da casa de banho, impedindo-o de pedir ajuda. O menino, de nacionalidade brasileira, teve de ser submetido a uma cirurgia de três horas no Hospital de São João, no Porto.
A mãe denunciou que já tinha apresentado queixas anteriores à escola sobre agressões e comportamentos impróprios, que teriam sido ignorados.
A gravidade do caso mobilizou uma resposta institucional imediata, com a IGEC e o próprio Agrupamento de Escolas a abrirem processos de averiguação.
A nível social, a reação foi igualmente forte: um grupo de advogados disponibilizou-se para defender a criança, e organizações como a SOS Racismo e a Plataforma Já Marchavas emitiram comunicados a pedir uma ação célere das instituições, lembrando que Portugal, como signatário da Convenção sobre os Direitos da Criança, "tem o dever de proteger a infância".
O Bloco de Esquerda também questionou o Governo sobre o sucedido. Este caso transformou-se num alerta nacional sobre a necessidade de políticas eficazes de combate ao bullying e de proteção a todas as crianças em ambiente escolar.
Em resumoO grave incidente em Cinfães transcendeu um caso isolado, tornando-se um alerta nacional sobre a urgência de combater o bullying e garantir a segurança física e psicológica das crianças no ambiente escolar. A mobilização social e institucional que se seguiu evidencia a crescente preocupação pública com a violência nas escolas e a exigência de responsabilidade e ação por parte das autoridades educativas.