A situação gera preocupação entre médicos e utentes, numa altura crítica de preparação para o inverno.

A escassez da vacina específica para a população mais idosa, que oferece uma proteção reforçada, foi confirmada pela Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS). A entidade atribuiu a dificuldade “ao sucesso das ULS na sensibilização e mobilização das pessoas para o programa de vacinação, que se traduz em números muito superiores aos do ano anterior”. Como medida de contingência, a DE-SNS orientou as ULS a cederem doses entre si para colmatar as falhas, enquanto se aguarda um reforço de stock que já é esperado há mais de um mês. A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, procurou tranquilizar a população, garantindo que “não há falta de vacinas para a gripe” a nível global e que existem doses suficientes para os grupos de risco. No entanto, admitiu que, devido à vacinação estar a decorrer “a uma velocidade bastante grande e em grande escala”, é natural que alguns centros de saúde possam ter os seus “stocks reduzidos”. A ministra sugeriu que, em alguns locais, “podem existir excedentes de vacinas” que podem ser redistribuídos.

Apesar das garantias oficiais, médicos de saúde pública expressaram preocupação e apelaram à população para que não desista de se vacinar, sublinhando a importância da imunização, especialmente para os grupos mais vulneráveis, antes do pico da época gripal.