A PJ intensificou as operações, resultando na detenção de 24 condenados e procurados pela justiça brasileira só em 2025.

O caso de maior destaque foi a captura de Ygor Daniel Zago, conhecido como “Hulk”, um dos cabecilhas do PCC, que vivia num condomínio de luxo em Cascais. Zago, já condenado a 29 anos de prisão no Brasil por tráfico e outros crimes, conseguiu fugir e estabelecer-se em Portugal, replicando um estilo de vida opulento. O diretor nacional da PJ, Luís Neves, reconheceu que estas organizações criminosas a operar em Portugal são de “elevado potencial e de elevado risco”. Sublinhou ainda a importância de “olear” o mecanismo de comunicação com a Polícia Federal brasileira para combater eficazmente o crime organizado. Especialistas alertam para a falta de um cruzamento de dados mais eficiente entre os dois países, o que poderá permitir que centenas de fugitivos regularizem a sua situação em Portugal. A PJ tem trabalhado em conjunto com as autoridades brasileiras para identificar criminosos com mandados de captura internacional, mas a crescente presença destes grupos representa um desafio significativo para a segurança nacional.