Agricultores locais enfrentam prejuízos estimados em 1,5 milhões de euros e alertam para o impacto na produção de alimentos. O cenário no Vale do Lis é de devastação, com vastas áreas de cultivo, principalmente de arroz e milho, completamente debaixo de água.

Os agricultores da região atribuem a catástrofe não apenas à intensidade da precipitação, mas também à crescente impermeabilização dos solos nas áreas circundantes, que acelera o escoamento e agrava o impacto das cheias.

O prejuízo financeiro direto é calculado em cerca de 1,5 milhões de euros, um golpe duro para a economia local e para o setor agrícola.

A situação representa um alerta ambiental e económico, destacando a vulnerabilidade da agricultura a eventos climáticos extremos.

Os produtores enfrentam agora uma tarefa hercúlea para recuperar as suas terras.

Estima-se que, mesmo sem mais chuva, serão necessárias pelo menos duas semanas de trabalho ininterrupto, 24 horas por dia, para escoar a água dos campos, com os agricultores a terem de assumir os elevados custos energéticos associados a este processo. Este desastre local insere-se num quadro mais amplo de danos causados pela depressão Cláudia em todo o país, que levou autarquias como a de Vila do Conde a estimar prejuízos de “centenas de milhares de euros” e a apelar ao apoio do Governo para a reconstrução.