A vacinação é descrita como a "melhor arma" para prevenir complicações e a sobrecarga dos serviços de saúde. A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) manifestaram preocupação com o aumento de casos de gripe, que surgem três a quatro semanas antes do habitual. Este fenómeno é atribuído à circulação de uma nova estirpe de gripe A (H3N2), subtipo K, que poderá levar a uma temporada mais severa.

A Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, afirmou que “podemos já estar na presença do início da nossa epidemia da gripe”, sublinhando que as próximas duas semanas são cruciais para a vacinação. O apelo visa reduzir as complicações da doença e a pressão sobre os serviços de saúde, que já sentem o impacto, com as crianças e jovens a representarem mais de metade dos casos nas urgências pediátricas. Desde o final de setembro, já foram vacinadas cerca de dois milhões de pessoas, mas as autoridades consideram o ritmo ainda insuficiente para garantir uma proteção adequada da comunidade. A recomendação é clara e dirigida a todas as pessoas elegíveis: “Por favor, não espere”, pois a vacinação é a estratégia mais eficaz para mitigar os efeitos de uma epidemia que se prevê mais desafiante.