A preocupação com a saúde pública aumentou em Portugal com a confirmação de que a epidemia de gripe deverá começar mais cedo do que o habitual, seguindo uma tendência observada noutros países europeus. De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), os casos estão a surgir três a quatro semanas antes do previsto, impulsionados por uma nova estirpe de gripe A, subtipo H3N2 K, que não está contemplada nas vacinas atuais. Esta situação levou o ECDC a prever “uma temporada de gripe mais severa” e a apelar aos países da União Europeia para que acelerem os seus programas de vacinação. Em Portugal, a Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, reforçou o apelo, afirmando que “podemos já estar na presença do início da nossa epidemia da gripe” e que as próximas duas semanas são “cruciais para a vacinação”. A DGS sublinha a importância da imunização para reduzir as complicações da doença e a sobrecarga no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que já enfrenta desafios. Os médicos de saúde pública alertam para a necessidade de precaução e destacam a importância da vacinação nos mais novos e nos mais velhos.
As crianças, que passaram a ter direito a vacinas gratuitas, representam uma preocupação particular, sendo responsáveis por 70% dos casos de gripe nas urgências. Os especialistas recordam que no ano anterior, 88% das crianças com menos de 5 anos internadas eram saudáveis, o que reforça a mensagem de que a vacinação é “a melhor arma que nós temos”.









