O Serviço Nacional de Saúde (SNS) anunciou o encerramento de vários serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia durante o fim de semana, afetando hospitais em Setúbal, Lisboa e Caldas da Rainha. A falta de médicos especialistas para assegurar as escalas continua a ser a principal causa destes constrangimentos. A prestação de cuidados de saúde a grávidas e parturientes enfrentou novos desafios com o anúncio de encerramentos programados de serviços de urgência obstétrica em diversas unidades hospitalares do país. De acordo com a informação divulgada no Portal do SNS, a situação foi particularmente crítica no domingo, com o fecho dos serviços de ginecologia e obstetrícia dos hospitais de Setúbal, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa) e Caldas da Rainha. O hospital de Caldas da Rainha viu o seu serviço encerrado também no sábado.
Adicionalmente, outras unidades hospitalares, como o Hospital São Francisco Xavier em Lisboa, e os hospitais de Santarém, Aveiro e Leiria, operaram com constrangimentos durante ambos os dias do fim de semana.
A causa principal para estas interrupções no serviço é a recorrente falta de médicos especialistas disponíveis para preencher as escalas de urgência. No total, no sábado, estiveram abertos 121 serviços de urgência em todo o país, enquanto no domingo o número baixou para 114.
Estes números incluem as unidades que funcionam no âmbito do projeto-piloto que exige o contacto prévio com a Linha SNS 24.
Esta situação reflete a pressão contínua sobre o SNS e gera preocupação entre as utentes, que se veem forçadas a procurar alternativas, muitas vezes mais distantes, para obterem os cuidados necessários durante a gravidez e o parto.