Este fenómeno, que reflete uma falha na resposta social do país, tem consequências graves e multifacetadas.

No último mês, mais de 800 idosos com alta clínica aguardavam nos hospitais por uma solução, ocupando camas que são necessárias para outros doentes.

Esta situação provoca o congestionamento dos serviços de urgência e o aumento dos tempos de espera para internamentos programados.

Para os próprios idosos, a permanência prolongada em ambiente hospitalar acarreta riscos significativos, como a exposição a infeções hospitalares e o perigo de quedas.

Um dos artigos relata um dado trágico: só no Hospital de São João, no Porto, já morreram 21 doentes este ano em consequência destes internamentos inadequados.

A situação é agravada pela informação de que boa parte das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que deveriam ser alocadas para resolver esta carência de respostas sociais, não serão executadas, o que projeta um futuro ainda mais sombrio para esta população vulnerável e para a sustentabilidade do SNS.