As autoridades estão a investigar múltiplos casos que expõem a vulnerabilidade das crianças e a escalada da criminalidade juvenil.

Os dados são preocupantes: em 2024, Portugal registou o maior número de crimes contra menores da última década, com mais de 3.200 denúncias recebidas pelas autoridades.

Este aumento estatístico é acompanhado por casos concretos de extrema violência que chocaram a opinião pública.

Um dos mais graves envolve um menino de nove anos que perdeu as pontas de dois dedos quando colegas fecharam uma porta sobre a sua mão numa escola.

A mãe da criança acusa a professora de ter desvalorizado os seus alertas prévios sobre as agressões, chamando "mentiroso" ao filho.

Noutro caso, um jovem ameaçou colegas de escola com uma arma de fogo, o que levou à sua detenção e do seu pai por posse de armas proibidas e notas falsas. A criminalidade juvenil de cariz grupal também é destacada, com a detenção de dois jovens de 19 anos por tentativa de homicídio de um adolescente de 16, num contexto de conflito entre grupos rivais. Estes acontecimentos alertam para a necessidade de uma intervenção mais eficaz na prevenção da violência em meio escolar e no combate à delinquência juvenil.