A preocupação central das autoridades é a circulação de uma nova variante do subtipo H3N2, que se perspetiva ser mais agressiva e poderá levar a uma epidemia sem precedentes na última década.

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu que "a gripe vai ser um grande desafio" e que esta nova estirpe colocará "muita pressão" sobre o SNS, antecipando um aumento significativo da procura nas urgências. Embora um pneumologista tenha notado que a nova estirpe possa estar fora da composição da vacina atual, a recomendação unânime de todas as entidades, incluindo a Direção-Geral da Saúde (DGS), é a vacinação imediata.

Os especialistas sublinham que, mesmo não oferecendo proteção total contra a infeção, a vacina é a melhor arma para combater casos severos, reduzir complicações, hospitalizações e desequilíbrios de doenças crónicas.

A DGS apela a que a população elegível se vacine nas próximas duas semanas, altura ideal para garantir a imunidade.

A campanha de vacinação está a decorrer "em larga escala", com foco nos maiores de 60 anos, grupos de risco e crianças.

Dados recentes indicam que mais de um terço das crianças entre os 6 e os 23 meses já foram vacinadas, uma medida considerada crucial para a proteção direta desta faixa etária vulnerável.