Estes incidentes, que ocorreram em habitações, numa ambulância e num carro, funcionam como um alerta para as dificuldades que as grávidas podem enfrentar no acesso atempado aos cuidados de saúde. Os casos reportados distribuem-se por várias situações de emergência: três bebés nasceram em casa, um numa ambulância do INEM e outro num veículo em movimento na A22. O caso mais recente, em Salir, destaca-se pela rapidez com que o parto evoluiu, tendo o bebé nascido antes da chegada da equipa de emergência. Embora nos casos documentados as mães e os bebés tenham sido assistidos e se encontrem bem de saúde, a frequência destes eventos num curto espaço de tempo é vista como um sintoma de possíveis constrangimentos no acesso às maternidades da região. A ocorrência de partos fora do ambiente hospitalar, embora por vezes inevitável devido à rapidez do trabalho de parto, pode aumentar os riscos para a mãe e para o recém-nascido. A situação no Algarve serve de aviso para a necessidade de avaliar a capacidade de resposta dos serviços de obstetrícia e a adequação dos planos de contingência para grávidas, especialmente em áreas mais distantes dos principais centros hospitalares.