A situação serve como um alerta para a necessidade de adaptação e investimento na resiliência das infraestruturas locais face às alterações climáticas. A passagem da tempestade Cláudia, a 13 de novembro, deixou um rasto de destruição no Sardoal, com a autarquia a estimar prejuízos de 1,3 milhões de euros.

Um dos danos mais visíveis é o corte na Estrada Nacional 358-3, cuja reparação está orçada em 750 mil euros.

A autarquia lançou um apelo ao Governo para obter ajuda financeira para fazer face aos estragos, que ilustram o impacto concreto do mau tempo nas comunidades locais.

Este evento ocorre numa altura em que Portugal é classificado no 37.º lugar do Índice do Risco Climático de 2024, um ranking que avalia os países pelas perdas humanas e económicas decorrentes de fenómenos meteorológicos extremos. A publicação Visão destaca a ironia desta classificação na mesma semana em que o país lamentava novas perdas de vidas e danos patrimoniais, questionando se ainda subsistem dúvidas de que "as alterações climáticas são um perigo".

O alerta é claro: Portugal está exposto a riscos climáticos significativos e eventos como a depressão Cláudia são um prenúncio dos desafios futuros, exigindo uma ação governamental e local mais robusta na prevenção e mitigação dos seus efeitos.