A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admitiu que a situação "vai ser um grande desafio" e antecipou um "inverno muito duro" para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que poderá enfrentar uma procura elevada e prolongada nos serviços de urgência.

Apesar da eficácia limitada da vacina contra a nova estirpe, os especialistas, como o investigador Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular, continuam a apelar à vacinação em massa, argumentando que esta ainda é a principal arma para mitigar a gravidade da doença e prevenir complicações sérias, como pneumonias. Castanho sublinha a importância da imunização ao recordar que "nos Estados Unidos, onde a taxa de vacinação desceu para mínimos de 15 anos, já morreram centenas de crianças por causa da gripe". A Direção-Geral da Saúde (DGS) reforça o apelo, pedindo que a população elegível, especialmente os grupos de risco como idosos, crianças e doentes crónicos, acelere a vacinação para evitar um potencial colapso das urgências hospitalares. A situação exige, para além da vacinação, a adoção de comportamentos preventivos para conter a propagação do vírus.