O alerta visa proteger a produção suinícola nacional de uma doença altamente contagiosa e sem tratamento. A Peste Suína Africana é uma doença viral que afeta suínos domésticos e javalis, com taxas de mortalidade muito elevadas.
A sua propagação na Europa, que já atinge populações em 13 países desde 2014, representa uma ameaça económica e sanitária significativa.
A recente confirmação de casos na Península Ibérica, especificamente em Espanha, elevou o nível de risco para Portugal. Em resposta, a DGAV apelou a uma vigilância reforçada e à aplicação estrita de medidas de biossegurança por parte dos produtores de suínos.
O aviso estende-se também à população em geral, com um pedido específico para que “não sejam deixados restos de comida acessíveis aos javalis”.
Esta recomendação é crucial, pois a transmissão do vírus pode ocorrer através do consumo de produtos de carne de porco contaminada por estes animais selvagens, que atuam como reservatório da doença e podem facilmente atravessar a fronteira.
A prevenção é a única ferramenta eficaz contra a PSA, uma vez que não existe vacina.
Um eventual surto em Portugal teria consequências devastadoras para a indústria suinícola, implicando o abate em massa de animais e a imposição de severas restrições comerciais.
O alerta da DGAV é, portanto, uma medida proativa e um apelo à responsabilidade de todos para evitar a entrada da doença no território nacional.








