O sistema simplificado foi introduzido como uma resposta à pressão causada pelas "filas gigantescas", um problema agravado pela falta de efetivos.

No entanto, a solução trouxe consigo um risco significativo.

Durante a sua aplicação, os agentes limitam-se a uma verificação visual, confirmando apenas se o documento de identificação corresponde ao passageiro, sem consultar as bases de dados nacionais e internacionais.

Esta omissão é o cerne do alerta da PSP, pois impede a deteção de indivíduos sinalizados, procurados pelas autoridades ou com impedimentos de viajar. Ao não consultar as bases de dados, o sistema falha em criar um registo do movimento do passageiro pela fronteira aérea portuguesa, o que representa uma vulnerabilidade grave na gestão de fronteiras. A polícia avisa que esta prática "coloca em causa a segurança", uma vez que indivíduos perigosos podem entrar ou sair do país sem serem detetados.

O dilema exposto é claro: a eficiência operacional, medida pela redução dos tempos de espera, está a ser alcançada à custa de protocolos de segurança fundamentais. O aviso da PSP serve como um alerta para a necessidade de encontrar um equilíbrio que não sacrifique a segurança nacional em prol da conveniência dos passageiros, apontando para a urgência de resolver a questão da falta de pessoal.