O complexo resgate de uma família com três crianças, presa durante mais de quatro horas num jipe submerso no rio Ferreira, em Gondomar, gerou um alerta público sobre os perigos de circular em trilhos não sinalizados. O incidente, que colocou em risco a vida dos ocupantes e mobilizou um grande aparato de socorro, foi classificado por um especialista como um ato de “iliteracia” por parte dos adultos. O caso ocorreu numa zona de travessia do rio usada por praticantes de todo-o-terreno, mas que não está sinalizada e onde a forte corrente representa um risco elevado. A família, composta por dois adultos e três menores (10, 14 e 16 anos), ficou imobilizada com água a entrar na viatura, enfrentando um “possível risco de hipotermia”.
A operação de salvamento, descrita como um “trabalho árduo” pelo comandante dos bombeiros, envolveu 36 operacionais e 15 veículos.
O comentário do especialista em Proteção Civil, André Morais, foi contundente: “Estes adultos colocaram uma família inteira e dezenas de operacionais em perigo por iliteracia”.
Esta análise transforma o evento num poderoso aviso público, sublinhando que a imprudência individual pode ter consequências graves não só para os próprios, mas também para as equipas de emergência.
O incidente serve, assim, como um exemplo prático e um alerta severo contra a subestimação dos perigos naturais.